É muito importante conhecer os diferentes tipos de farinha de trigo, pois é ela que irá influenciar diretamente no sabor e aparência do seu pão.
A farinha é obtida através da moagem de cereais. Sendo a farinha de trigo o tipo de farinha mais produzido no mundo. Ela é o principal ingrediente do pão, base da alimentação em muitos países.
A farinha é obtida através da moagem de cereais. Sendo a farinha de trigo o tipo de farinha mais produzido no mundo. Ela é o principal ingrediente do pão, base da alimentação em muitos países.
O grão de
trigo é dividido em 3 partes: o farelo (parte externa, rica em fibras),
o endosperma (camada intermediária, rica em proteínas) e o gérmen
(camada interna, rica em gorduras e vitaminas).
A farinha
branca é proveniente da moagem somente do endosperma do trigo. Possui um
sabor mais fácil e contém maior quantidade de glúten, tornando o pão mais
macio.
A farinha
integral é resultado da moagem do grão do trigo inteiro, incluindo o
farelo, endosperma e gérmen. Não é tão leve como a farinha branca, mas como não
passa pelo processo de refinamento, preserva nutrientes como fibras e
vitaminas.
Existe
também a farinha de semolina, feita de uma outra espécie trigo, o
“Triticum durum”. Apresenta uma textura granulada, geralmente mais grossa que
farinha branca, sendo destinada ao preparo de massas frescas. O termo semolina
também é usado para designar sêmola de outros grãos, como arroz e milho.
Classificação
da farinha de trigo no Brasil
No
Brasil, o Ministério da Agricultura (IN nº8 2005) classifica a farinha de trigo em 3 tipos:
Tipo 1, Tipo 2 e Integral. Elas devem possuir um teor mínimo de proteína de
7,5% para Tipo 1 e 8,0% para Tipo 2 e Integral.
Para
fazer pão, a farinha de trigo mais adequada é a do Tipo 1. Dentre as farinhas
do Tipo 1, existem as de uso geral, para massas frescas, para confeitaria e
para panificação. A farinha de Tipo 2 é mais amarelada e é mais utilizada pela
indústria para produção de biscoitos.
Além
disso, por determinação do governo, toda farinha comercializada no Brasil deve
receber doses extras de ferro e de ácido fólico.
Valor W:
a força da farinha de trigo
A força
do glúten (valor W) está relacionada a quantidade de proteínas (gliadina e
glutenina) presentes na farinha. Uma farinha forte absorve mais água e permite
massas com hidratação maior, mais resistente e que tendem a crescer mais.
Infelizmente
não há como saber o valor W das
farinhas de trigo vendidas no supermercado, pois falta padronização na
produção industrial. O teor de proteína indicado no rótulo da embalagem não
está relacionado com a força do glúten. Ao dividir o peso total da porção pela
quantidade de proteína, quase todas as farinhas apresentam um teor de 10% de
proteína.
A solução
é utilizar um método popular na panificação caseira: tentativa e erro.
Função do
Glúten:
Quando
você mistura a água com a farinha e sova para fazer o pão, neste processo, a
gliadina e a glutenina vão começar a se entrelaçar, seja no amassamento manual
ou mecânico, dando a elasticidade e a extensibilidade necessárias a massa. Esta
junção entre a gliadina e a glutenina vai formar a rede de glúten.
A rede
de glúten vai se estender e envolver as bolhas de gás produzidas pela
levedura (fermento). Quando as bolhas de gás se expandirem dentro do forno, o
glúten vai se expandir junto fazendo o pão crescer e formando um belo trabalho
no miolo do seu pão. Um pão que ficou oco provavelmente foi feito com uma
farinha com baixo teor de proteína e de pouco qualidade, ou seja, que não
foi forte suficiente para envolver as bolhas de gás formadas pela levedura.
Anaconda Premium (Moinho Anaconda) – É uma marca barata (R$ 3,00) e de boa qualidade. Tenho dificuldade para encontrar aqui nos mercados do Rio, mas usava com frequência no Paraná e os resultados são sempre muito bons.
Farinhas que já utilizei
Anaconda Premium (Moinho Anaconda) – É uma marca barata (R$ 3,00) e de boa qualidade. Tenho dificuldade para encontrar aqui nos mercados do Rio, mas usava com frequência no Paraná e os resultados são sempre muito bons.
Renata (Selmi) – Fácil de encontrar e
de boa qualidade, mas com um preço geralmente um pouco acima das mais baratas
(R$ 5,00). É a que mais tenho usado, pela facilidade em encontrar. O pão feito
com ela fica com o miolo bem branquinho.
Rosa
Branca (Moinhos
Cruzeiro do Sul) – Uma farinha de origem gaúcha que atualmente é produzida e
distribuída em todo Brasil. Essa também encontro com facilidade aqui no Rio,
mas é das melhores que já usei. Ela é um pouco mais “amarelada” e o pão fica um
pouco mais pesado quando uso ela na receita. Tenho utilizado apenas para
refrescar o meu fermento natural.
Reggia (Itália) – Não gostei do
resultado, o miolo ficou muito denso. Imagino que para uma massa de pizza ela
seja adequada. Comprei por R$ 15,00 no Hortifruti em Copacabana.
Mãe Terra
Integral (Mãe
Terra) – É produzida em moinho de pedra e uma excelente opção para usar em pães
integrais. Tem a moagem bem fina.
Dona
Benta Reserva Integral (J. Macêdo) – Testei recentemente e gostei bastante do resultado. Fácil
de encontrar nos mercados.
Dona
Benta Tradicional (J.
Macêdo) – Já usei em algumas receitas de pão. O resultado não é ruim, mas
também não surpreende. É mais indicada para bolos.
Dona
Benta Reserva Especial (J. Macêdo) – Fácil de encontrar no Pão de Açúcar e Extra. Não percebi
muita diferença para a Dona Benta comum, a não ser o preço.
Sol (J. Macêdo) – É uma farinha
barata e muito fácil de encontrar. Utilizo para refrescar o meu fermento
natural.
Fonte: Amo Pão Caseiro
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