Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero e veneno. Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros. (Mia Couto - O Fio das Missangas)
Cozinhar para si e para aqueles que amamos é um convite ao paladar, à boa conversa e ao riso. Nossa memória afetiva, a todo momento, traz a tona os aromas e os sabores de nossa infância, o sabor doce da broa de fubá feita pela avó, o cheiro enebriante da canela na canjica servida nos dias frios ou o prazer da família toda reunida em torno do fogão a lenha enquanto os pinhões assavam.
Talvez por ter tantas doces lembranças, depois de muitas idas e vindas da vida, hoje me dedico à arte da confeitaria. Envolvida nesse doce universo, cercada de panelas, fôrmas e confeitos é que crio meus bolos e doces, e quiçá, as melhores memórias afetivas de meus filhos. Nossa rotina funde-se com o constante aroma de baunilha e brigadeiro espalhados pela casa, sem contar as pilhas de livro "decorando" cada cômodo.
Ler é uma outra paixão que cultivo desde a infância, a maioria de minhas lembranças estão sempre entrelaçadas a algum livro, algum sabor ou aroma.
Se você assim como eu, é apaixonada(o) por culinária, ama livros ou simplesmente não entende nada de cozinha, mas quer se aventurar nesse universo de delícias, então esse blog é tão seu quanto meu... sinta-se em casa!
Cozinhar é um ato sagrado, que une a família e é preciso agradecer por esse tempo, por esse compartilhar.
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