quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Tipos de Farinha de Trigo



É muito importante conhecer os diferentes tipos de farinha de trigo, pois é ela que irá influenciar diretamente no sabor e aparência do seu pão.
A farinha é obtida através da moagem de cereais. Sendo a farinha de trigo o tipo de farinha mais produzido no mundo. Ela é o principal ingrediente do pão, base da alimentação em muitos países.
O grão de trigo é dividido em 3 partes: o farelo (parte externa, rica em fibras), o endosperma (camada intermediária, rica em proteínas) e o gérmen (camada interna, rica em gorduras e vitaminas).
A farinha branca é proveniente da moagem somente do endosperma do trigo. Possui um sabor mais fácil e contém maior quantidade de glúten, tornando o pão mais macio.
A farinha integral é resultado da moagem do grão do trigo inteiro, incluindo o farelo, endosperma e gérmen. Não é tão leve como a farinha branca, mas como não passa pelo processo de refinamento, preserva nutrientes como fibras e vitaminas.
Existe também a farinha de semolina, feita de uma outra espécie trigo, o “Triticum durum”. Apresenta uma textura granulada, geralmente mais grossa que farinha branca, sendo destinada ao preparo de massas frescas. O termo semolina também é usado para designar sêmola de outros grãos, como arroz e milho.

Classificação da farinha de trigo no Brasil
No Brasil, o Ministério da Agricultura (IN nº8 2005) classifica a farinha de trigo em 3 tipos: Tipo 1, Tipo 2 e Integral. Elas devem possuir um teor mínimo de proteína de 7,5% para Tipo 1 e 8,0% para Tipo 2 e Integral.
Para fazer pão, a farinha de trigo mais adequada é a do Tipo 1. Dentre as farinhas do Tipo 1, existem as de uso geral, para massas frescas, para confeitaria e para panificação. A farinha de Tipo 2 é mais amarelada e é mais utilizada pela indústria para produção de biscoitos.
Além disso, por determinação do governo, toda farinha comercializada no Brasil deve receber doses extras de ferro e de ácido fólico.

Valor W: a força da farinha de trigo
A força do glúten (valor W) está relacionada a quantidade de proteínas (gliadina e glutenina) presentes na farinha. Uma farinha forte absorve mais água e permite massas com hidratação maior, mais resistente e que tendem a crescer mais.
Infelizmente não há como saber o valor W das farinhas de trigo vendidas no supermercado, pois falta padronização na produção industrial. O teor de proteína indicado no rótulo da embalagem não está relacionado com a força do glúten. Ao dividir o peso total da porção pela quantidade de proteína, quase todas as farinhas apresentam um teor de 10% de proteína.
A solução é utilizar um método popular na panificação caseira: tentativa e erro. 

Função do Glúten:
Quando você mistura a água com a farinha e sova para fazer o pão, neste processo, a gliadina e a glutenina vão começar a se entrelaçar, seja no amassamento manual ou mecânico, dando a elasticidade e a extensibilidade necessárias a massa. Esta junção entre a gliadina e a glutenina vai formar a rede de glúten.
A rede de glúten vai se estender e envolver as bolhas de gás produzidas pela levedura (fermento). Quando as bolhas de gás se expandirem dentro do forno, o glúten vai se expandir junto fazendo o pão crescer e formando um belo trabalho no miolo do seu pão. Um pão que ficou oco provavelmente foi feito com uma farinha com baixo teor de proteína e de pouco qualidade, ou seja, que não foi forte suficiente para envolver as bolhas de gás formadas pela levedura.



Farinhas que já utilizei



 


Anaconda Premium (Moinho Anaconda) – É uma marca barata (R$ 3,00) e de boa qualidade. Tenho dificuldade para encontrar aqui nos mercados do Rio, mas usava com frequência no Paraná e os resultados são sempre muito bons.







Renata (Selmi) – Fácil de encontrar e de boa qualidade, mas com um preço geralmente um pouco acima das mais baratas (R$ 5,00). É a que mais tenho usado, pela facilidade em encontrar. O pão feito com ela fica com o miolo bem branquinho.





Rosa Branca (Moinhos Cruzeiro do Sul) – Uma farinha de origem gaúcha que atualmente é produzida e distribuída em todo Brasil. Essa também encontro com facilidade aqui no Rio, mas é das melhores que já usei. Ela é um pouco mais “amarelada” e o pão fica um pouco mais pesado quando uso ela na receita. Tenho utilizado apenas para refrescar o meu fermento natural.




 

  
Reggia (Itália) – Não gostei do resultado, o miolo ficou muito denso. Imagino que para uma massa de pizza ela seja adequada. Comprei por R$ 15,00 no Hortifruti em Copacabana.






 




Mãe Terra Integral (Mãe Terra) – É produzida em moinho de pedra e uma excelente opção para usar em pães integrais. Tem a moagem bem fina.






 


 
Dona Benta Reserva Integral (J. Macêdo) – Testei recentemente e gostei bastante do resultado. Fácil de encontrar nos mercados.





 


Dona Benta Tradicional (J. Macêdo) – Já usei em algumas receitas de pão. O resultado não é ruim, mas também não surpreende. É mais indicada para bolos.




 




Dona Benta Reserva Especial (J. Macêdo) – Fácil de encontrar no Pão de Açúcar e Extra. Não percebi muita diferença para a Dona Benta comum, a não ser o preço.



 





Sol (J. Macêdo) – É uma farinha barata e muito fácil de encontrar. Utilizo para refrescar o meu fermento natural. 







 

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Que Seja Doce!



Somente agora me dei conta que não contei aqui no blog como foi a minha experiência no programa Que Seja Doce do GNT. Tudo aconteceu de uma forma tão intensa que até hoje ainda me pego pensando se realmente aconteceu... rsrsrsrs. 



Nos dois dias de gravações do programa em São Paulo, vivi a mais incrível mistura de sentimentos... Ansiedade, insegurança, euforia, medo e muita, mas muita felicidade. Foi tudo tão intenso, tão realizador que me sentia como em um sonho. Mas um sonho lindo, daqueles que de tão bom não acreditamos poder ser verdade. 
Sempre fui fã do programa e acompanhava junto com meus filhos. A idéia maluca de se escrever partiu da minha filha e na verdade nunca achamos que eu seria escolhida.
As etapas que se seguiram foram bem longe umas das outras o que me deixava sempre com a sensação de que a minha participação não iria se concretizar. Foram folhas e mais folhas de formulários, entrevistas via Skype, envio de fotos e documentos e muitos meses até a ligação com a data da gravação do episódio que eu iria participar: Festa Americana!
Imagino que a escolha do tema tenha muito a ver com o meu perfil, traçado através das entrevistas. Sempre gostei de doces americanos, cookies, donuts, tortas... então o tema do episódio foi um presente.
Viajei pra São Paulo em Fevereiro de 2016, com um bolo de chocolate decorado em pasta americana nas mãos, pouca bagagem e um furacão de sentimentos. O bolo era o meu cartão de visitas, seria a primeira impressão que os jurados teriam da Maria Izabel confeiteira. A ansiedade era tanta que tive uma crise de pânico durante o voo, que durou pouco mais que 30 minutos. Suei frio, tive tremedeira e rezei até pra santos que não conhecia. A viagem parecia não terminar, a cada balanço da aeronave meu estômago vinha na boca. Logo eu? que nunca tive medo de voar! 
Era a primeira vez que viajava pra São Paulo sozinha, me bateu uma insegurança quando desci em Congonhas que a minha vontade era voltar pro Rio correndo. Não parava de pensar que aquilo não daria certo. Mas respirei fundo e contei com a ajuda de amigos maravilhosos que me acalmavam através de mensagens. 
Para não faltar nada, o meu bolo começou a derreter com o calor que fazia, o ganache de chocolate sob a pasta americana começou a escorrer na mesma velocidade em que minhas lágrimas de desespero rolavam. O tempo todo eu me perguntava... O que estou fazendo aqui??? rsrsrsrs
Chegar ao estúdio da Moonshot foi o maior alívio que já senti em minha vida! E a partir daí tudo mudou.
Tudo era novo, tudo era encantamento. Fui recebida por uma equipe maravilhosa. Como sou grata à eles por ter vivido a melhor experiência da minha vida. Me incentivaram, me passaram confiança... me acolheram!
Como disse, foram dois dias de gravações. Eu cheguei no estúdio em uma sexta feira de manhã e voltei ao Rio no Sábado já a noite. No primeiro dia fomos apresentados ao estúdio, a cozinha do programa e a toda a equipe. Gravamos nossa biografia e as imagens que seriam agregadas ao programa. No segundo dia é que a coisa realmente acontece! Conhecemos os jurados e a vontade de tietar era imensa... como sou fã deles! Roberto Strongoli sempre enigmático, mas de um jeito muito divertido. Carole Crema uma pessoa extremamente adorável e o Lucas Corazza uma das pessoas mais incríveis que já conheci. O Felipe Bronze foi quem esteve ao nosso lado durante toda a gravação no segundo dia... e como ele foi incrível! Sempre acompanhando todos os processos, dando dicas, encorajando. Pedro e Rodrigo, os outros dois participantes do episódio, vieram para deixar a experiência ainda mais divertida e gratificante, simpáticos, talentosíssimos e acima de tudo com um espírito de "fair play" extraordinário.
Voltei pra casa com aquilo que eu jamais imaginei possível... com o troféu de Confeiteira mais Doce! Eu não precisa ter ganho para amar tanto a experiência, estar do outro lado da telinha, pra mim, uma menina do interior do Paraná, já valeu por uma vida inteira. Mas voltar pra casa como vencedora dessa batalha tão doce me fez acreditar mais em mim, me fez ver que sou capaz de ir mais longe!

Pra quem tem acesso ao GNT Play, segue o link do episódio: Festa Americana - Episódio 33 da 2ª Temporada.








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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Pão de Sorvete!





Tá sem tempo? Com preguiça?
Não leva muito jeito na cozinha?
Seus problemas acabaram! Rsrsrs
E vc irá precisar de apenas dois ingredientes!!!

Pão de Sorvete 🍞🍦
Ingredientes:
- 2 e 1/2 xícaras (chá) de sorvete derretido
- 2 xícaras (chá) de farinha com fermento
Preparo:
Pré aqueça o forno a 180 graus.
Misture muito bem os dois ingredientes, coloque em uma forma de bolo inglês untada e enfarinhada e asse por aproximadamente 40 minutos.

* O sorvete pode ser do sabor que você quiser!
** Se não encontrar farinha com fermento, use a mesma quantidade de farinha + 1 e 1/2 colher (sopa) de fermento químico em pó
*** Esse pão fica entre a textura de bolo e pão e não fica muito doce, então caso queira, adicione um pouco de açúcar

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